terça-feira, 13 de junho de 2017

CONEXÕES DOS PADRÕES ESPACIAIS DOS ECOSSISTEMAS URBANOS

RESUMO
No Brasil, as contribuições da ciência ecológica e o pensamento sistêmico transdisciplinar ainda não são incorporados nos estudos urbanos, dentro das ciências sociais aplicadas, havendo, portanto, um distanciamento entre o Planejamento urbano, Desenho urbano e Ecologia. Os planos diretores não se apropriam da riqueza encontrada nos padrões de organização da micro escala do desenho urbano no contexto da bacia hidrográfica. Paradoxalmente, a “heterogeneidade espacial” do mosaico urbano vem se tornando um aspecto importante para avaliar a funcionalidade ecológica, os fluxos de água e o contexto social. Pesquisadores do “Cary Institute of Ecosystems Study” dos EUA analisam a cidade como “ecossistema urbano”, que abrange todos os processos que sustentam os recursos naturais e humanos, integrando os componentes biológicos, físicos, sociais e do ambiente construído. No entanto, os ecossistemas devem ser analisados dentro do espectro hierárquico, considerando sua hierarquia tríplice: o subsistema da comunidade e o suprassistema da paisagem (ODUM e BARRET, 2006). Esta pesquisa pretende demonstrar a potencialidade dos padrões espaciais dos ecossistemas urbanos para conexões dos estudos transdisciplinares, o que serviria de base para melhorar o desempenho dos fluxos de água na cidade. Como método de pesquisa, para alcançar as hipóteses levantadas, o percurso utilizado partiu das questõesproblema passando pela investigação científica. Assim, foi feita uma análise sobre a evolução epistemológica da ciência, com foco na ciência ecológica (ecologia urbana e a ecologia da paisagem), e na ciência urbana (planejamento e desenho urbano). Posteriormente, sob a ótica do urbanismo ecológico, foi feita uma sistematização da evolução dos padrões espaciais dos modelos de cidades (no formato: padrão - problema/contexto – recomendação – ilustração), baseada em Alexander et al. (1977). Porém, identificou-se uma dualidade existente: ora os padrões são voltados para o modelo de “cidades verdes”, focados na arquitetura da paisagem com interface da ecologia da paisagem e da ecologia “na” cidade que vão ao
encontro da sustentabilidade ambiental; ora são fundamentados nas propriedades emergentes, na totalidade dos sistemas, da arquitetura mais humana e social (sociológica), afinados com a nova ecologia “da cidade”, direcionando para o modelo de “cidades mais compactas”, preceitos da sustentabilidade espacial. Considerando a dualidade existente, mas buscando uma unidade, aplicou-se o princípio dialógico da transdisciplinaridade, por meio do estudo aprofundado, em manuais técnicos, sobre o ciclo da água no meio urbano e sobre o desenho urbano sensível à água, resultando em 38 padrões espaciais para promover os fluxos de água na cidade. Por fim, chegou-se a procedimentos metodológicos, que englobam tanto os padrões globais do planejamento territorial, no âmbito do suprasistema da paisagem da bacia hidrográfica, com a análise da sustentabilidade ambiental e espacial, e da hetorogeneidade espacial; como os padrões locais, no âmbito do desenho urbano, do subsistema da comunidade, tendo como parâmetro, a resiliência, as expectativas sociais em relação à morfologia urbana e os fluxos de água. Este método foi aplicado na região do Setor Habitacional Taquari, situada na Bacia do Lago Paranoá. Espera-se que esses procedimentos sejam úteis ao processo de planejamento e de projetos e nas tomadas de decisão dos comitês de bacias hidrográficas.




CONEXÃO DOS PADRÕES ESPACIAIS DOS ECOSSISTEMAS URBANOS


A construção de um método com enfoque transdisciplinar para o processo de
desenho urbano sensível à água no nível da comunidade e da paisagem.

ANDRADE, Liza Maria Souza de. Conexão dos padrões espaciais dos ecossistemas urbanos: a construção de um método com enfoque transdisciplinar para o processo de desenho urbano sensível à água no nível da comunidade e da paisagem. 2014. 544 f., il. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

TAQUARI/DIRETRIZES URBANISTICAS

DIRETRIZES URBANÍSTICAS
SETOR HABITACIONAL TAQUARI ETAPA II
APRESENTAÇÃO
A Secretaria de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano - SEDHAB, órgão responsável pelo planejamento urbano e territorial do Distrito Federal - DF, possue, dentre suas competências, a prerrogativa de definir as diretrizes urbanísticas para novos parcelamentos urbanos, nos termos da Lei Federal nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, que dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano, e do Plano Diretor de Ordenamento Territorial – PDOT, Lei Complementar nº 803, de 25 de abril de 2009. As diretrizes urbanísticas se caracterizam como uma das ferramentas de planejamento urbano e territorial, sendo elaboradas à luz das estratégias de ocupação do território do Distrito Federal.
O presente documento, elaborado pela Gerência de Estudos Territoriais – GETER, da Diretoria de Planejamento Urbano - DIPLU, unidade subordinada à Subsecretaria de Planejamento Urbano – SUPLAN, estabelece as diretrizes urbanísticas para o Setor Habitacional Taquari - Etapa II. Estas diretrizes devem ser observadas na elaboração do respectivo plano de ocupação e projetos urbanísticos, desde sua fase de estudo preliminar, e apresentam validade de 4 (quatro) anos, podendo ser reavaliadas em prazo inferior ao previsto em decorrência de interesse público ou mudanças de legislação que impliquem alteração de uso e ocupação do solo.



Diretrizes Urbanísticas
Setor Habitacional Taquari Etapa II

terça-feira, 6 de junho de 2017

TAQUARI/ISABELLA SANTANA DIAS






RESUMO

A cidade de Brasília sente a necessidade de se expandir e gerar novos setores urbanizados, uma dessas áreas propostas fica na Serrinha do Paranoá (porção norte da Bacia do Paranoá), onde há várias nascentes e córregos que deságuam no Lago Paranoá, que a cada dia tem maiores importâncias para todo o Distrito Federal, e que em breve será também utilizada para o abastecimento da cidade. O setor a ser implantado ali é o Taquari, que foi dividido em duas etapas; a 1ª Etapa tem 3 Trechos, o primeiro está em construção, o Trecho II é o próximo, e por isso ganhou foco nessa pesquisa. Durante o planejamento de um setor geram-se conflitos de interesses entre órgãos, comunidade, empresas, etc, no âmbito socioambiental; essa região, em especial, causa muitos conflitos, pois é privilegiada por sua proximidade com o Plano Piloto, mas também é muito frágil ambientalmente, e qualquer dano que ela sofre afeta, não só a biodiversidade local, mas também a qualidade e quantidade de recursos como a água, sendo que a proposta de adensamento populacional possa não ser a mais adequada à região. Sendo assim, o intuito dessa pesquisa é identificar esses conflitos e analisá-los para facilitar a mediação dos mesmos antes que o mau planejamento afete definitivamente o ambiente. Para isso se utiliza da metodologia de mediação de conflitos de Theodoro et al. (2005) em que se analisa os elementos dos conflitos (atores, objeto, natureza e dinâmica) separadamente. De modo que se percebe a importância da preservação ambiental, para que num futuro não falte recursos naturais, principalmente a água, e para que isso aconteça, provavelmente a melhor solução seja a implantação de um Corredor Ecológico que interligue as Unidades de Conservação presentes na parte norte do Lago Paranoá passando pelos cursos d’água presentes nessa área. Quanto mais Unidade de Conservação e fragmentos de ecossistemas naturais forem interligados, melhor para a biodiversidade e perpetuação dos recursos naturais, com planejamento adequado para os usos dos recursos e desenvolvimento sustentável. 



CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS NA SERRINHA DOPARANOÁ – REGIÃO DE TAQUARI TRECHO II – DF
ISABELLA SANTANA DIAS