quarta-feira, 27 de maio de 2015

Parque Recreativo Venecia / Jaime Alarcón Fuentes

© Rodrigo Meza

  • Arquitetos: Jaime Alarcón Fuentes
  • Localização: Temuco, Temuco, Araucanía Region, Chile
  • Equipe\ Urbana: Rodrigo Ibañez /Valeria Constanzo, Franco Gonzalez.
  • Equipe\ Social: Rodrigo Ibañez /Valeria Constanzo, Franco Gonzalez.
  • Área: 8400.0 m²
  • Ano\ Do\ Projeto: 2014
© Rodrigo Meza

O Parque Recreativo de Venecia foi desenvolvido por um programa governamental que vai revitalizar bairros em áreas críticas da cidade, através de um plano integrado de intervenções urbanas e sociais.

O parque vem suprir a falta de espaços públicos urbanos recreativos, de lazer e esporte que a área não havia, incluindo-a num plano com seu rio integrado na cidade de Temuco, Chile. Este parque, devido à sua escala e condição de intenso uso, permitiu um desenvolvimento de um projeto altamente participativo onde um conceito cidadão foi desenvolvido em um nível intermediário, englobando os usos coletivos e individuais dos interesses do bairro. Por exemplo, a integração de brincadeiras típicas chilenas como o pau-de-sebo, amarelinha, etc. Assim como um palco para apresentações, plataformas para piquenique urbanos, e outros. Juntamente com a comunidade, este parque foi chamado de 'Lounge Urbano'.

Cortesia de Jaime Alarcón Fuentes

O conceito como ideia principal foi desenvolver um projeto de nível intermediário, que responderia a falta de espaço nas unidades de habitação, assim como uma sala de estar o é, para reunir a família, na qual a integração familiar, o desenvolvimento da infância, a intervenção de uma criança em um espaço comunitário, não era uma prioridade em casa. A densidade de habitações era dominante, o uso da terra para construção colapsou o território, e este vazio na cidade foi transformado em uma oportunidade para aumentar e consolidar a qualidade dos espaços públicos. 

Como consequência, uma série de espaços de uso regular foram projetados. Foram conectados com um cinturão de acesso na parte interna do parque, onde os espaços mortos se transformaram em espaços temporários e seu uso foi definido em função do clima, estação do ano ou períodos festivos. De modo geral, os espaços foram definidos em uma oficina de contexto presente-futuro, onde se projetou a imagem que deveria mostrar este parque na cidade, tendo em mente que este era um território sem identidade.

© Rodrigo Meza


Cortesia de Jaime Alarcón Fuentes


© Rodrigo Meza

O projeto foi desenvolvido em conjunto com a comunidade e as autoridades utilizando uma abordagem participativa, onde todos foram consultados.

Cortesia de Jaime Alarcón Fuentes

Em relação à iluminação, foram utilizadas lâmpadas de LED para reduzir os usos energéticos, além disso um campo de grama sintética foi acrescentado, criando uma área de esportes, no mesmo projeto.

© Rodrigo Meza

http://www.archdaily.com.br/br/767205/parque-recreativo-venecia-jaime-alarcon-fuentes?utm_source=ArchDaily+Brasil&utm_campaign=d29e0cdb25-Archdaily-Brasil-Newsletter&utm_medium=email&utm_term=0_318e05562a-d29e0cdb25-410593293



terça-feira, 26 de maio de 2015

Posted: 23 May 2015 07:36 AM PDT
POR VINÍCIUS ABBATE
Edição 187 - Outubro/2009

Os escritórios de arquitetura têm estratégias próprias para convencer os clientes a respeito de seus projetos. Para isso, promovem sessões com a apresentação de seus trabalhos, que incluem palestras, projeção de imagens e introdução de conceitos. É importante que essas apresentações sejam didáticas e criativas.
Antes de começar a apresentar o projeto, é imprescindível fazer uma introdução para destacar, em um breve comentário, o que está sendo planejado pelo escritório. Pactuar desse briefing é fundamental para que cliente e arquiteto aproximem-se da meta a ser atingida.

A cada projeto é importante também que seja definido um conceito, ou seja, a linha mestra que vai nortear a mensagem contida no projeto. É uma maneira de garantir unidade ao trabalho que está sendo apresentado.
A partir do conceito, é possível apresentar então algumas opções ao projeto, com diferentes soluções estéticas, de forma a atender às necessidades do cliente. "Ao iniciar a apresentação de um projeto, procuro destacar aspectos relevantes do programa de necessidades e do organograma de funções da edificação, e descrever como tais aspectos foram contemplados no projeto", explica o arquiteto Lineu Passeri Junior.


A APRESENTAÇÃO DO PROJETO


As apresentações devem ter o objetivo de captar a atenção dos participantes desde o início e ter duração de uma hora, em média. A parte falada da apresentação deve ser planejada, de modo que tenha um timing envolvente.
"No caso de uma apresentação a um júri ou a um cliente corporativo, a recomendação é ir direto ao assunto e mostrar aquilo que motivou o projeto. Em geral, o uso de jargão profissional é muito ruim, pois banqueiros, diretores de empresas, diretores de hospitais não têm familiaridade com as idiossincrasias dos arquitetos. Uma linguagem simples e direta é o melhor caminho", diz Paulo Bruna, do escritório Paulo Bruna Arquitetos Associados.

A apresentação das imagens do projeto pode ser feita por meio de animações, filmes e fotos. A quantidade de imagens deve variar entre quatro e seis, e incluir plantas, cortes, fachadas e quadros de área.
Atualmente, quase todos usam o programa Power Point para apresentação de imagens, mas o futuro próximo aponta para tecnologias de novas mídias, com a sofisticação de apresentações em 3D.
No escritório Roberto Julião Arquitetura e Urbanismo, uma equipe de oito arquitetos com conhecimentos em programas de criação é que prepara as imagens. O escritório possui sala própria para esse tipo de apresentação, com capacidade para dez pessoas.

"Demonstramos o conceito do projeto, chamado projeto conceitual de plantas e cortes. Exibimos ângulos diferentes, com imagens inusitadas e filmes. Brincamos que fazemos um strip-tease do projeto, com imagens de plantas coloridas, para encantar os clientes", conta Renato Siqueira, sócio-diretor do escritório Ricardo Julião Arquitetura e Urbanismo.

"Mais do que belíssimas apresentações, é importante que o projeto tenha conteúdo, apresentando uma solução clara e funcional.  A apresentação deve servir de suporte para o seu discurso e não o contrário", afirma a arquiteta Daniela Corcuera, do escritório Casa Consciente.

"Eu recorro a fotografias e vídeo, quando possível. Bons desenhos (em plantas, cortes e elevações) e boas perspectivas internas e externas (maquetes eletrônicas) são indispensáveis. Uma maquete também é um excelente instrumento, se o orçamento do projeto permitir. Pranchas, somente em concursos", acrescenta Passeri Junior.


MODOS DE APRESENTAR



Para que uma apresentação não se transforme em um tédio, é interessante oscilar o tom de voz e eventualmente lançar algumas perguntas, ainda que sejam apenas questionamentos, para testar a atenção dos ouvintes. Fazer algumas brincadeiras também é aconselhável para que os participantes relaxem.
"Gosto de apresentar uma planta de referência, com o terreno limpo, por exemplo, se for o projeto de uma edificação nova, ou uma planta do arquitetônico existente, se for um projeto de reforma ou interiores. Dessa forma, o cliente consegue comparar o atual com o projeto proposto", diz Daniela Corcuera.
É importante ser didático na hora de explicar o projeto, mostrando ilustrações, croquis, maquetes volumétricas e até fazendo mímicas ou "teatralizando" a apresentação. Também é fundamental estar seguro da compreensão das soluções apresentadas, perguntando se há dúvidas, ou mesmo pedindo para o cliente reproduzir o que foi apresentado.
Mais uma vez, evite os termos técnicos. Entretanto, pode ser interessante ampliar o repertório de seu cliente, utilizando novos termos, seguidos de uma breve explicação.


DOCUMENTAÇÃO DO PROJETO


A documentação deve conter as informações necessárias para a compreensão das soluções apresentadas aos clientes, nos seus diferentes estágios (estudo preliminar para o cliente, anteprojeto para projetistas complementares e projeto executivo para os executores da obra).
A entrega do material apresentado deve dar condições de pleno entendimento do projeto.
"Costumo preparar um caderno em formato A3 ou A2 com toda a documentação apresentada em Power Point (plantas, cortes, elevações, fotos, perspectivas, quadro de áreas e estimativa de custos) para deixar com o cliente após a apresentação", explica Passeri Junior.


ENCERRAMENTO


As dúvidas e perguntas precisam ser tratadas de forma natural, pois isso representa o interesse do cliente. Assim, se o cliente se mostrar inseguro com a compreensão, o arquiteto deve tentar nova abordagem e não simplesmente repetir o que acabou de expor.
As eventuais dúvidas que surgirem também podem ser deixadas para serem discutidas após a apresentação. Além disso, é bastante comum que se organize uma reunião extra para discutir diferentes soluções.
"Gosto de finalizar pedindo a opinião do cliente a respeito do projeto, suas impressões, pontos positivos e negativos e, mais importante, se atendeu a sua expectativa", diz Daniela Corcuera. "Costumo encerrar a apresentação com uma estimativa de custos da obra, juntamente com uma série de imagens - maquetes eletrônicas - de diversos ângulos do edifício, oportunidade em que destaco os detalhes técnicos e estéticos mais relevantes do projeto", diz Passeri Junior.
As apresentações são bem-sucedidas, fazem parte do planejamento do escritório. Conquistam clientes e garantem projetos. "É um fator essencial para o sucesso do nosso trabalho", diz Roberto Siqueira.
Passo-a-passo, um exemplo
Introdução Apresentação do programa de necessidades
Apresentação do organograma de funções
Apresentação das restrições legais e técnicas
Apresentação do partido arquitetônico


Localização do empreendimento Na cidade
No bairro
Na quadra


Descrição do entorno Vista aérea (Google Earth)
Levantamento fotográfico
Vídeo (quando possível)


Implantação do edifício Descrição do movimento de terra (se houver)
Desenho de implantação (em planta)
Um ou dois cortes esquemáticos


Descrição do edifício Plantas dos pavimentos com sugestão de mobiliário
Cortes do edifício com indicação da escala humana
Elevações e fachadas
Perspectivas internas e externas (maquete eletrônica)
Maquete "de verdade" (quando possível)


Dados gerais do empreendimento Quadro de áreas
Estimativa de custos

Fonte: Lineu Passeri Jr.


Fonte: http://au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/187/exercicio-profissional-como-apresentar-o-projeto-153337-1.aspx

Renzo Piano desenha uma bolsa inspirada no Whitney Museum

© Max Mara

O arquiteto Renzo Piano desenhou uma bolsa de edição limitada para a marca italiana Max Mara inspirada em seu recém-concluído Whitney Museum of American Art em Nova Iorque. A bolsa de couro, que tem inspiração no "desenho puro e materiais sofisticados" do Whitney, apresenta nervuras que remetem à fachada do museu.
"Nosso objetivo era aplicar um dos elementos mais característicos do projeto do museu - a fachada - na bolsa: por isso a ideia das faixas modulares envolvendo o exterior", disse Piano em uma entrevista com a marca. "Tentamos manter um desenho simples e puro, trabalhando apenas nos detalhes com uso criativo da tecnologia e destacando o respeito pelos materiais."

http://www.archdaily.com.br/br/767243/renzo-piano-desenha-uma-bolsa-inspirada-no-whitney-museum?utm_source=ArchDaily+Brasil&utm_campaign=08eaba52b8-Archdaily-Brasil-Newsletter&utm_medium=email&utm_term=0_318e05562a-08eaba52b8-410593293

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Como é o curso de Arquitetura? Parte 1


10/04/2012 · by Hiroshi · in Arquitetura


fonte: http://blog.hugomaesta.com

Hoje vou falar a minha opinião sobre o curso de arquitetura. Já comecei com uma imagem bem clichê sobre o assunto. Você sabe o por quê?

Bem, pra começar, arquitetura hoje não é feita com esquadros ou com transferidores. No tempo da faculdade, ouvia os professores dizerem como era difícil na época deles, sem computadores ou impressoras, quando o desenho devia ser passado a limpo, desenhado a mão e  (quase) sem erros.


Você acha que de linhas e garranchos não nasce um projeto?
Digo isso porque somos humanos e erramos muitas vezes, mesmo quando não podemos errar. Principalmente naquela noite antes da entrega do projeto quando, sem tempo, fazemos vista grossa com uma linha que saiu torta no desenho. Imagina como era há 30, 40 anos. Uma geração somente e o mundo não deu voltas, deu cambalhotas.

Na minha opinião acho muito importante o arquiteto saber se expressar, seja pelo desenho a mão, seja por uma maquete física ou digital, mas o arquiteto não vai estar pronto até ele saber resolver problemas em uma folha de papel ou in loco, na obra. Ou você acha que quando surgir alguma coisa você poderá dizer: “só um instante, vou abrir meu notebook para desenhar esse detalhe e daqui a 2h eu te digo a resposta”. Acho que não.
Hoje, mais importante do que saber desenhar a mão, é saber compreender os softwares de projeto. Eu digo mais importante, pois um projeto se resolve com plantas, cortes, fachadas e principalmente modelos volumétricos em 3D. O início, algum detalhe de execução ou uma discussão da proposta, sempre são feitos a mão, mas o corpo do projeto é todo feito no computador.

Durante o curso de Arquitetura e Urbanismo, você verá diversas matérias, muitas das quais irá pensar que nunca mais usará, outras que não vai usar mesmo, mas tudo tem um propósito: formar um profissional completo.Mas você sai um profissional completo da faculdade? Infelizmente, não. Muito pelo contrário, você se forma completamente perdido no meio de tantas variáveis do mercado. Não há ninguém que saia de uma faculdade de Arquitetura e que possa dizer, estou “formado”. A formação, no significado de transformar-se em alguma coisa – no caso, o artista que projeta – dá-se ao longo de muitos anos. Na faculdade você tem uma base, a ponta do iceberg de tudo o que você poderá fazer no mundo da arquitetura. Para quem fez, para quem quer fazer ou quem não conhece essa área, saiba que ela é bem grande e variada.

Só para exemplificar: depois de formado, você poderá escolher entre áreas como edificações e construção, paisagismo, cenografia, conservação e preservação de patrimônios históricos, design gráfico, comunicação visual, móveis, decoração, interiores, meio ambiente, luminotécnica, urbanismo entre outros ou, como todo arquiteto, você deve ser bom em tudo isso. TUDO ISSO? Bem, quase tudo. Dependendo do projeto, você passará por várias fases que envolverão todos esses aspectos e ainda vários outros, desde a troca de informações com o corpo de bombeiros para projetar uma escada contra incêndio, ou o estudo das leis ambientais sobre o uso do solo até mesmo a escolha do tipo de pastilha que será colocada no banheiro.

Por esses e outros motivos, o arquiteto precisa buscar sempre estar antenado com o que acontece no mundo e à sua volta. Ele precisa de informações que podem vir das mais diversas áreas. Para que isso aconteça, é necessário estudo, experiência e força de vontade. Uma boa saída para adquirir conhecimento é fazer cursos de Pós-graduação no Brasil, ou até mesmo lá fora, para conhecer e entender as especificidades da nossa área e de outras também. Como o ditado diz: “conhecimento nunca é demais, e você vai precisar dele”.
Não é fácil ser arquiteto com tantas variáveis a serem definidas, mas esse tema fica para o próximo post.
Leia também os demais posts da série, parte 2parte 3parte 4 (perguntas e respostas dos leitores)

sábado, 23 de maio de 2015

Casa Cruzada / Clavel Arquitectos

© David Frutos Ruiz


Num terreno localizado na parte alta de um condomínio na periferia de Murcia, La Alcayna, Murcia, Espanha, encontra-se a singular casa cruzada, com vistas às colinas. Desta ambiguidade, de estar num terreno cujo entorno estará num futuro densamente povoado, mas que ao mesmo tempo hoje desfruta de vistas impressionantes, nasce a ideia do projeto: orientar a residência no nível inferior para a intimidade do jardim e assegurar ao usuário na parte superior as vistas levando em conta as futuras construções e a influência da insolação.

http://www.archdaily.com.br/br/767050/casa-cruzada-clavel-arquitectos?utm_source=ArchDaily+Brasil&utm_campaign=0095996e6f-Archdaily-Brasil-Newsletter&utm_medium=email&utm_term=0_318e05562a-0095996e6f-410593293

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Casa de Tijolos / iStudio architecture


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© AN clicks


O projeto está situado nos assentamentos rurais de Wada, próximo de Mumbai, Índia. Trata-se de uma casa de campo de 230 m². O impacto da arquitetura da estrutura é forte, o que leva o espectador a uma nova observação, sem permitir ser complacente com o espaço que ocupa. A forma orgânica emerge do solo e desemboca no horizonte.

Cada espaço desemboca em outro ao longo das linhas curvas, o que leva a uma casa sem divisórias. O observador começa sua viagem ao longo da parede curva de tijolos de Jali que oferece vislumbres do interior, o levando às composições dramáticas de luzes e sombras.

© AN clicks


Quando se acessa a estrutura, o usuário é recebido pela luz suave natural que cai no corpo central de água e o frescor dentro da arquitetura. O espaço interior está dominado por dois enormes arcos de tijolos e pedra, se abrindo às vistas das granjas e colinas. O mobiliário parece se elevar e cair das paredes, o piso conduz dramaticamente os olhos ao jogo de materiais.

O zoneamento das atividades que respondem às condições climáticas e as vistas foram feitas através do emprego de níveis que conduzem a uma única sala de estar distinta da cozinha e copa. A posição sudoeste do dormitório do primeiro pavimento proporciona sombra ao pátio e mantém fresco o corpo de água.

© AN clicks


O arquiteto Laurie Baker foi uma grande referência para as técnicas adotadas neste projeto. Estes possibilitaram uma obra de baixo custo e que adota tecnologias amigas do ambiente, permitindo que esta estrutura de 230 m² seja construída sobre as INR 20 lakhs, devido à menor demanda por aço, cimento e tijolos.

http://www.archdaily.com.br/br/767090/casa-de-tijolos-istudio-architecture?utm_source=ArchDaily+Brasil&utm_campaign=0095996e6f-Archdaily-Brasil-Newsletter&utm_medium=email&utm_term=0_318e05562a-0095996e6f-410593293


quinta-feira, 21 de maio de 2015

Zaha Hadid, projeto de habitação em Monterrey

Cortesia de Zaha Hadid Architects

O escritório Zaha Hadid Architect divulgou recentemente seu primeiro projeto no México: um empreendimento residencial em Monterrey. Terceira maior cidade do país, Monterrey é um importante centro tecnológico e fabril que está passando por um processo de rápido crescimento. O projeto, intitulado "Esfera City Center", se localizará na região sudeste de Monterrey, em Huajuco Canyon, onde atenderá à necessidade de habitação em uma das partes da cidade que mais cresce. 
Com 981 unidades que variam de lofts para uma pessoa a apartamentos de até quatro dormitórios, o projeto rejeita a premissa original do cliente, que sugeria a construção de 12 torres residenciais, optando por uma série de longos blocos de baixo gabarito em torno de um parque público, trazendo um foco comunitário ao empreendimento.
http://www.archdaily.com.br/br/767070/zaha-hadid-divulga-projeto-de-habitacao-em-monterrey?utm_source=ArchDaily+Brasil&utm_campaign=c2a8218521-Archdaily-Brasil-Newsletter&utm_medium=email&utm_term=0_318e05562a-c2a8218521-410593293

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Bullitt Center

 
 
 

The Bullitt Center (Seattle, WA) / The Miller Hull Partnership

O Bullitt Center é um edifício urbano de escritórios de alto desempenho demonstrando que uma estrutura comercialmente viável, com praticamente nenhum impacto ambiental é possível; é o maior projeto já certificado pelo Living Building. Indicadores de desempenho levaram a construção do projeto com todos os sistemas e materiais auto-sustentáveis. O edifício comercial de seis pavimentos e 16000 m2 foi avaliado nos quesitos energia, água e desperdício- resultando em índice inovador de intensidade lumínica de 10kbtu/ sf/ano. O desenho sustentável que responde ao contexto regional inclui janelas operáveis do chão ao teto para a entrada de luz e ar fresco durante o dia, esquadrias de madeira, uma escada  transparente 'irresistível', com vistas espetaculares e uma cobertura que remete às construções vernaculares  característica do noroeste. Como um novo paradigma para o projeto, o edifício serve de laboratório vivo para a arquitetura de alto desempenho e educação para sustentabilidade buscando influenciar a forma como a sociedade vê a relação de um edifício e o seu ambiente.

 
There are quite a few systems that make the Bullitt Center not only unique but one-of-a-kind. One of them is its rainwater collection system into a 56,000-gallon cistern where the water is then filtered and disinfected. Another are the two rows of five bright blue aerobic composters, each about the size of a Fiat 500, composting human waste so odorlessly and efficiently that the first compost extraction will not be required for 18 months. A third is the building’s rooftop array of photovoltaic panels, which extend far behind the building’s edge to produce around 230,000 kilowatt-hours a year – hopefully just the right amount of energy for a building that is already 83% more efficient than a typical commercial site in (which is really saying something).
 
 

sábado, 2 de maio de 2015

Pavilhão de São Cristóvão Sérgio Bernardes

Via Bernardes Arquitetura

Quatro parábolas determinam o perímetro do edifício. Estão dispostas em pares perpendiculares de parábolas idênticas e espelhadas: duas mais extensas, mais altas, e semi-permeáveis à luz, ao vento e ao passo, determinam as frentes opostas do edifício; e duas menores, completamente sólidas e opacas, suas laterais. Definem em planta uma curva fechada que, sob um olhar pouco cuidadoso, se assemelharia a uma elipse.

Via O Rio de Antigamente

A distância entre os pontos médios das parábolas maiores definem o eixo menor do edifício: cento e sessenta e quatro metros, em direção sudeste-noroeste. Enquanto que o eixo maior, definido pela distância entre os pontos médios das parábolas menores, apresenta duzentos e quarenta e oito metros. Dito de outro modo: o perímetro do edifício inscreve-se num retângulo cujos lados apresentam as medidas dos eixos maior e menor: múltiplos de quatro.

O desenho exato das parábolas ajusta-se a um sistema de coordenadas ortogonais (x, y) de números inteiros pares. Assim, se o cruzamento dos eixos é considerado como ponto inicial do sistema, a parábola maior superior —negativa—tem seu vértice no ponto (0, 82) e seus extremos nos pontos (106, 44) e (-106, 44), o que define uma função tal que y = -(19/5618)x² + 82. Seu par idêntico inferior —positivo— é espelhado em relação ao eixo maior —horizontal—, definindo a função invertida em relação à anterior: y = (19/5618)x² - 82. Por sua vez, a parábola menor à direita —negativa— tem seu vértice no ponto (124, 0) e seus extremos nos pontos (106, 44) e (106, -44), o que define uma equação tal que x = -(18/1936)y² + 124. E seu par idêntico espelhado à esquerda do eixo vertical define a função invertida à anterior. Com esses dados, desenha-se e demarca-se precisamente o perímetro do edifício.

A espessura das fachadas principais opostas é definida por vinte e seis pilares de concreto aparente, espelhados em pares idênticos a partir do eixo menor. Estão dispostos perpendicularmente à curva em planta e espaçados igualmente entre si. Suas seções horizontais são idênticas ao nível do solo: um metro de comprimento —a espessura da base do edifício— por quarenta centímetros de espessura, à vista nas fachadas. A partir daí, o comprimento aumenta retilineamente conforme a altura, mantendo a face externa vertical e inclinando apenas a face interna.

De modo similar, as alturas dos pilares aumentam a partir das extremidades, segundo uma nova curva parabólica. Os dois pilares centrais apresentam vinte oito metros de altura e um comprimento final de oito metros. No entanto, sua face superior —seu topo— também é inclinada. Se a base dos pilares apresentasse comprimento nulo, a face superior e a face interna, ambas inclinadas, formariam um ângulo reto, e consequentemente um triângulo retângulo cuja base mediria vinte e oito metros, e cuja altura, oito metros. Mantendo a inclinação e comprimento da face superior, a partir do ponto do ângulo reto, a face final é traçada unindo esse ponto superior ao ponto da base que lhe confere um metro de comprimento. Visto de outro modo: o triângulo retângulo que determina a inclinação da face superior dos pilares segue existindo virtualmente.

Corte e Fachada (ilustrativa). Via Bernardes Arquitetura


Entre os pilares, para dar a rigidez necessária ao conjunto, há uma sequência vertical de seis vigas dispostas a cada quatro metros. Apresentam uma altura de oitenta centímetros, e estão recuadas da face externa dos pilares em um metro. Do lado interno, sustentam lajes alinhadas com suas faces inferiores e com extensão variável, ajustando-se ao comprimento dos pilares em cada nível. Vistas do interior do edifício, as fachadas principais são um conjunto de nichos retangulares que aumentam progressivamente a profundidade. Do lado externo, os vazios entre vigas e pilares são fechados por alvenarias de tijolos maciços a cutelo com aparelho aberto.

Sobre o conjunto de pilares vê-se uma viga superior de um metro de altura que percorre toda a extensão da curva, marcando o limite superior do edifício e ressaltando a variação de seção dos pilares. Não é maciça, senão que formada, em cada fachada, por quarenta e oito vigas protendidas de quarenta centímetros de largura, paralelas ao eixo menor e distribuídas a cada quatro metros. Delas partem os cabos principais que definem a manta de dupla curvatura que cobre o interior do edifício: uma superfície cuja projeção horizontal apresenta vinte e seis mil metros quadrados aproximadamente.


http://www.archdaily.com.br/br/765444/classicos-da-arquitetura-pavilhao-de-sao-cristovao-sergio-bernardes

Garagem de Barcos Vilanova Artigas

© USP


A Garagem de Barcos é definida por uma cobertura retangular em laje tripartida, com oito apoios dispostos simetricamente nas duas laterais extensas, amparados diretamente nos blocos de fundação sobre muros de arrimo revestidos de pedra. Um pavimento em superior dá continuidade à cota da avenida e um pavimento inferior ocupando 2/3 da área de projeção da cobertura situa-se na cota de nível do lago conformando um embasamento semi-enterrado envolto pelas paredes-arrimo.


Corte e Elevações. Image © Julio Beraldo Valente. Cortesia de Brutalist Connections

Praticamente sem vedos a edificação em proporção 1:5 é definida por duas vigas principais longitudinais em concreto protendido com cerca de 70 m de comprimento ,com dois balanços externos de 10 m, dois vãos de 10 m e um vão central de 30 m, com altura de viga variável entre 0,65 e 2,25 m; as vigas principais estão espaçadas de 14 m e conectadas por vigas nervuradas transversais, reforçadas por outras duas vigas longitudinais.

As vigas principais descarregam em quatro apoios que nascem sem solução de continuidade de seu desenho e se articulam com apoios inferiores definidos pelos muros de arrimo, com juntas realizadas por meio de aparelhos maciços de aço, que são distintos a cada apoio. A solução técnica é absolutamente isostática, de maneira que a cobertura apenas se apóia, com total independência estrutural, no “chão qualificado” conformado pelos muros e por apoios, que poderiam ser interpretados como fundações afloradas. 

http://www.archdaily.com.br/br/01-142684/classicos-da-arquitetura-santa-paula-iate-clube-vilanova-artigas

O que define um bom projeto


Condomínios E e G de Paraisópolis - SP
Edson Jorge Elito


https://www.youtube.com/watch?v=bD7W2qizqz4&feature=youtu.be



O termômetro que faz com que o projeto seja bom é a maneira como ele dialoga com o lugar onde ele está, com o chão, não o chão geográfico, geotécnico, topológico, mas o chão cultural, econômico social. 


Arquitetura boa é aquela que foi interpretada, que não segrega, que integra o verde.


Gustavo Penna